As ações brasileiras têm valorização moderada nesta sexta-feira, com os investidores voltando às compras após uma sequência de fortes perdas nos últimos dias. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), no entanto, ainda opera com volume financeiro abaixo da média para o horário. As Bolsas americanas retomaram as operações, mas devem fechar mais cedo, com várias empresas emendando o feriado do "Thanksgiving".
O Ibovespa, termômetro dos negócios na Bolsa, tem ganho de 0,62%, aos 61.029 pontos. O volume financeiro é de R$ 1,51 bilhão.
O dólar comercial é cotado a R$ 1,801 para venda, em alta de 1,17%. A taxa de risco-país marca 234 pontos, número estável sobre a pontuação anterior.
Operadores de corretoras destacam que aumentou a aversão dos investidores ao risco, com as turbulências da economia americana.
"Crise imobiliária nos EUA, queda do dólar no mundo inteiro e alta recorde do petróleo são justamente os ingredientes que vigoravam na época em que o S&P 500 [índice de ações americano] caiu muito no 1987. Essa cobinação deixa os profissionais de mercado muito avessos a risco, e não tem como os emergentes não serem afetados com esse tipo de situação", afirma Mário Paiva, analista da corretora Liquidez.
Em uma situação de nervosismo, os estrangeiros, que aplicaram bilhões de reais no mercado acionário brasileiro, vendem "Bolsa" e compram dólar. "Os estrangeiros chegaram a comprar 60%, 70% das ações quando as empresas lançaram ações. É natural que agora eles queiram vender ações e realizar algum lucro, num momento ", acrescenta.
Para o analista, o mercado passou por um período de otimismo exagerado nos meses anteriores, quando as Bolsas de Valores subiram rápido demais e passa por um momento de "correção" dos preços. "Não é o final do mundo, nem se trata de reversão de tendência. A direção do dólar ainda é para baixo", avalia.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
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